segunda-feira, 15 de julho de 2013

EFEITO ANAGÓGICO

 
Advirto para uma certa confusão na qual alguns caem com frequencia ao entrar em contato com os ensinamentos e práticas presentes na obra de Carlos Castaneda, que é a de não saber diferenciar entre a necessidade de se manter um tonal limpo e ordenado (um corpo sempre em plena forma com um nível de atenção constantemente depurado pela prática progressiva do silencio interno) e certa mentalidade pequeno burguesa de cozinha que apraz somente á certo de tipo de animal humano domesticado: esse ''bom gosto'' moderno, mãe do protestantismo usurário, moralista y fraudulento, tão lamentado por homens como René Guénon, Gurdjieff y etc ...
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 Me equivoco se o que estamos dizendo em parte é um desperdício, um sacrilégio usar este meio para uma comunicação ordinária, literal, denotativa, moral ou meramente alegórica... Além de intercambiar experiências e especulações é preciso operar com a própria decodificação e este deve estar por cima do tropológico, seja, deve ser quase totalmente hieroglífico e tão barrocamente contorsionado que produza ou devele ''rachaduras'', indicações, sinais, cifras etc... e, ao mesmo tempo, esgotando todas as anfractuosidades da hieroglífica se logre um EFEITO ANAGÓGICO com nosso estilo que, dito de outra maneira, deve ser PRÉ-ALFABÉTICO e PÓS-ALFABÉTICO (o alfabeto deve ser retorcido, fustigado, encurralado, anonadado para que nos devolva intacta a SIMBOLOGIA, a IDEOGRAMÁTICA arcaica), senão, que exatamente estamos fazendo aqui? Porque por mais iluminado, liberado do tempo ou mergulahdo em estado primordial que esteja em sua vida, se você se expressa aqui de modo literal dará toda impressão de ser só mais um reverendo insuportável e inútil.
 
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